A capivara (Nome científico: Hydrochoerus hydrochaeris) é um mamífero roedor que habita boa parte da América do Sul, incluindo o Brasil. É parente das pacas, cutias, preás e porquinhos-da-Índia, sendo um dos animais mais simpáticos e “fofinhos” da nossa fauna.
O termo “capivara” é um jargão utilizado no mundo enxadrístico para se referir a um jogador que perde de maneira vexatória para um adversário muito inferior. A origem desse termo é incerta, mas há algumas teorias que tentam explicar sua origem.
Uma das teorias mais difundidas é a de que o termo surgiu na década de 1980, em um torneio realizado em Belo Horizonte, Brasil. Na ocasião, um jogador muito forte do Rio de Janeiro perdeu para um jogador amador de Minas Gerais, em uma partida que todos esperavam que o enxadrista do Rio vencesse facilmente. O enxadrista do Rio de Janeiro ficou tão frustrado com a derrota que começou a xingar o adversário, chamando-o de “capivara”. A expressão acabou pegando e, a partir daquele momento, passou a ser utilizada para se referir a jogadores que perdem para adversários muito mais fracos.
Outra teoria sobre a origem do termo “capivara” no mundo enxadrístico remonta à década de 1970, quando o então campeão mundial de xadrez, o russo Boris Spassky, foi derrotado pelo norte-americano Bobby Fischer. Na época, Spassky era considerado um dos melhores jogadores de xadrez do mundo e sua derrota para Fischer foi vista como uma grande surpresa. De acordo com essa teoria, a expressão “capivara” teria sido utilizada para se referir a Spassky, que, apesar de ser um grande jogador, acabou perdendo para um adversário que muitos consideravam inferior.
Outra teoria sobre a origem é a de que o fabricante do tônico Capivarol, que era um tônico fabricado em Juiz de Fora (MG) na primeira metade do século passado e vendido nas farmácias de todo o Brasil, produzia também um almanaque, que era distribuído gratuitamente nas farmácias, o qual trazia curiosidades, piadas, informações de utilidade pública e jogos. Havia uma seção com posições de tabuleiros de xadrez para análise de possibilidades de jogadas. Ocorre que os problemas eram bastante simples, e então, dos jogadores medíocres, se dizia que aprenderam consultando o almanaque Capivarol. Às jogadas igualmente medíocres, se passou a denominar ‘capivaradas’ e aos seus autores, ‘capivaras’.
Aí estão algumas teorias, meus amigos, para a origem do termo capivara, que hoje tem uso generalizado no meio enxadrístico. Se elas correspondem à realidade nós de fato não sabemos nem temos como comprovar, mas como o assunto é interessante, resolvemos trazê-las ao conhecimento do nosso público leitor. Em breve traremos mais curiosidades a respeito do fascinante universo do xadrez!
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Um coisa eu posso dizer com certeza, o termo capivara no sentido enxadrístico tem nada a ver com match do Fischer com o Spassky. Esse termo já era usado no xadrez antes do match. E o significado mais comum de capivara é de jogador que faz lances ruins. Equivale ao pretzel em inglês.
Eu uso o termo capivara para me referir a todos jogador que não tem o título de Mestre.
Eu era frequentador do Clube de Xadrez de BH nos anos 70. O termo “capivara” era amplamente usado então para jogadores infelizes.
Nem tudo esta perdido, com uma boa “capivarada” a capivara se livra das garras da onça!